sexta-feira, 20 de março de 2009

Visita de Estudo

Hoje, a nossa turma e o 12º C da nossa escola, deslocaram-se até ao Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho, numa visita de estudo organizada pelo nosso grupo.
Dado esta se tratar da Semana Internacional do Cérebro, esta escola abriu alguns laboratórios com experiências relacionadas com o tema. Vimos cérebros humanos e de ratos e aprendemos mais sobre a estrutura e funcionamento destes; vimos neurónios marcados com uma proteína fluorescente numa minhoca (Caenorhabditis elegans) em movimento; assistimos a testes comportamentais específicos em ratinhos os quais serviram para que aprendêssemos um pouco mais sobre alguns comportamentos habitualmente atribuídos só a humanos!

Para quem foi: esperamos que tenham gostado!

domingo, 15 de março de 2009

" Erro do cérebro faz acreditarmos em coisas que nunca ocorreram"

Área em que memória é processada pode nos fazer acreditar em recordações falsas.
Achado ajuda medicina, causa impacto nos tribunais e dá desculpa para marido esquecido.

Tem certeza de que pode confiar na sua memória? Um estudo revela que, dependendo da área do cérebro que processa as suas lembranças, pode acreditar plenamente em um acontecimento que nunca existiram. Além de dar uma boa desculpa para namorados e maridos esquecidos (“Não, amor, eu não prometi que não ia no futebol, deves ter processado essa memória no lado errado do cérebro”), a pesquisa pode ter um impacto importante no tratamento de doenças que afectam a memória, como o mal de Alzheimer, e influenciar até mesmo julgamentos em tribunais.
A formação de memórias, verdadeiras e falsas, ocorre em duas importantes áreas cerebrais: o lóbulo medial temporal (LMT) e a rede frontoparietal (RFP). O primeiro concentra-se nos "factos" da lembrança, nos detalhes. O segundo foca mais no ambiente geral da memória, nos sensações e na familiaridade evocadas por ela.
De acordo com os pesquisadores, as pessoas costumam confiar mais nas memórias mais detalhadas. O que não impede, é claro, de sentirem familiaridade com algo que nunca aconteceu. Segundo o líder do estudo publicado na revista "Science" desta semana, Roberto Cabeza, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, a rede frontoparietal funciona como uma “assinatura das falsas lembranças”.
Para investigar de onde surgem essas memórias falsas, os cientistas utilizaram um truque com palavras, enquanto observavam o funcionamento do cérebro de um grupo de voluntários. Por exemplo, eles listavam uma série de nomes de animais de fazenda, como "vaca" e "cavalo". A lista, no entanto, não incluía a palavra "porco". Mas quando os participantes tinham que lembrar os nomes, quase sempre incluíam o animal na listagem. E, para fazer isso, usavam a área do cérebro ligada à familiaridade da memória, e não aos detalhes.
Para as pessoas, a diferença é imperceptível. “Estamos tão certos das nossas recordações verdadeiras como estamos das falsas”, afirmou ao G1 Hongkeun Kim, da Universidade Daegu, na Coreia do Sul, um dos autores do trabalho. “Ainda assim, o que acontece no nosso cérebro é bem diferente”, diz ele.
E se é verdade que podemos acreditar nas memórias falsas que criamos, o contrário também pode acontecer. “Nossas memórias se perdem ao longo do tempo. E, às vezes, nosso cérebro nos engana e passamos a duvidar de coisas que realmente aconteceram”, explica Kim.
Segundo os pesquisadores, a descoberta pode ajudar no diagnóstico do mal de Alzheimer. “Idosos saudáveis apresentam redução nas memórias verdadeiras e aumento das falsas, possivelmente porque dependem mais da área do cérebro que dá a visão geral da lembrança. Pacientes com Alzheimer apresentam déficits tanto nas recordações reais quanto no processamento das falsas. Entender a relação desses tipos diferentes de memória pode ajudar a diagnosticar a doença”, afirma Cabeza.
Além disso, o trabalho pode ter impacto nos tribunais. “Entender as bases neurais da confiança em memórias verdadeiras e falsas pode ajudar a explicar porque, às vezes, as testemunhas estão completamente convencidas de algo que nunca ocorreu”, completou Cabeza.

"Pés e mão dentro do cérebro de um bebé"

Dentro do cérebro de um bebé com três dias de vida foram encontrados dois pés, uma mão e uma coxa. Tudo bem pequenininho, mas com formas perfeitas.


Inacreditável, não? Este caso ocorreu em Colorado Springs, Estados Unidos, com o bebé Sam Esquibel.

Quando a mãe dele fez um exame de ultra-som os médicos perceberam que havia fluido dentro do cérebro da criança, e resolveram que a melhor opção seria apressar o parto através de uma cesariana de emergência. O nascimento ocorreu normalmente, e o bebé parecia saudável, mas os médicos queriam ter certeza de que não havia nada de errado, e um exame de ressonância magnética foi feito.

Segundo a mãe, "se eles não tivessem feito o teste, o hospital disse que mandaria Sam para casa comigo. Ele parecia totalmente saudável."

A ressonância magnética revelou um tumor no cérebro do bebé, e com apenas 3 dias de vida ele foi submetido a uma cirurgia para retirá-lo.

O ponto é que dentro do pequeno tumor havia uma surpresa: dois pés, uma mão e uma coxa.

Segundo os médicos, "essa vai para os livros de medicina": a descoberta dessas estruturas dentro do cérebro de Sam pode ajudar a entender melhor o mecanismo de funcionamento de células-tronco.

Esse evento ocorreu há cinco meses e meio, e o bebé Sam está praticamente recuperado, embora deva ser submetido a tratamento para aperfeiçoar o uso do lado direito do seu pescoço e cabeça.


" O nosso cérebro é doido"

A maioria das pessoas concerteza já conhece,no entanto, fica aqui a notícia (nem que seja para relembrar)!
" De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. "
Fixa agora os teus olhos no texto abaixo e deixa que a tua mente leia correctamente o que está escrito:
" 35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5! "

“Diferenças entre cérebro masculino e feminino ainda dividem especialistas”

" Os investigadores do cérebro acreditam que a guerra entre os géneros está «ultrapassada» e que ninguém procura encontrar um 'sexo forte', mas as diferenças cerebrais entre homens e mulheres ainda geram discordâncias entre os especialistas.
«É inegável que existem diferenças entre o cérebro masculino e o feminino» afirmou Manuel Paula Barbosa, director do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina do Porto, para quem as distinções «vão de aspectos como o peso (o cérebro do homem pesa cerca de 1.450 gramas e o da mulher cerca de 1.350) a variações de índole molecular».
No entanto, o especialista desmistifica a ideia de guerra dos sexos: «Nenhuma investigação actual visa determinar se a mulher é superior ao homem ou o contrário, isso está ultrapassado e caminhamos para a igualdade absoluta, reconhecendo que os cérebros de homens e mulheres se complementam e que as diferenças são salutares».
Exemplificando, Manuel Barbosa considerou que «as mulheres são autênticas corredoras de fundo - mais perseverantes e estóicas e com uma enorme capacidade de trabalho, além de possuírem uma memória do imediato muito mais desenvolvida do que os homens».
«Já os homens agem mais por pulsões e desistem com maior facilidade dos seus objectivos, embora tenham uma melhor memória espacial e uma grande capacidade ao nível da intuição musical e da matemática», adiantou.
De acordo com o também professor de Neuroanatomia é ainda preciso compreender que «essas diferenças assentam em características morfológicas condicionadas por hormonas sexuais».
«Um macho castrado nunca terá um cérebro masculino normal» - sublinhou.
A influência hormonal no dimorfismo sexual cerebral foi também assinalada à agência Lusa por Dulce Madeira, professora no Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina do Porto.
Devido à estreita ligação entre o cérebro e as hormonas sexuais, «ao longo dos anos as variações hormonais vão influenciando a morfologia cerebral e a neuroquímica, nomeadamente fazendo com que certas diferenças se tornem menos evidentes", declarou.
A investigadora do Centro de Morfologia Experimental destacou ainda que a diferença entre os cérebros masculino e feminino passam por «uma assimetria existente entre os dois hemisférios cerebrais, que é mais acentuada no género mas culino».
«Doenças como o autismo e a esquizofrenia, que são predominantes no homem, têm relação com essa maior assimetria», realçou a docente de Anatomia.
«No caso da mulher, há uma maior semelhança entre os dois hemisférios, existindo também uma maior comunicação entre eles, o que faz com que as representantes do sexo feminino tenham maior capacidade de recuperação de acidentes vasculares cerebrais».
Mas nem a assimetria é consensual entre os investigadores desta área. «As maiores ou menores assimetrias entre os hemisférios não são uma condição que se possa associar ao género, pois a variação é muitas vezes mais acentuada entre pessoas do mesmo sexo do que entre pessoas de sexo diferente», assegurou o neurocirurgião António Gonçalves Ferreira.
Na opinião do director do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina de Lisboa, «não há estudos estatisticamente significativos sobre o dimorfismo sexual do cérebro e as diferenças apontadas têm sido muitíssimo pequenas e de significado duvidoso».
«Embora se conheçam diferenças, por exemplo ao nível da percepção e da organização visoespacial, não há nenhuma zona do cérebro que seja claramente diferente entre homens e mulheres», reforçou Gonçalves Ferreira, que está a trabalhar na área da neuroanatomia funcional.
A única diferença assente parece ser mesmo ao nível do tamanho do cérebro, «que no homem tem o volume de 1.600 centímetros cúbicos e na mulher de 1.500», indicou o professor de Anatomia e de Neuroanatomia na Faculdade de Medicina de Lisboa.
Porém, como defendeu Manuel Barbosa, da Faculdade de Medicina do Porto, «no cérebro humano o tamanho pouco conta, estando as investigações actuais mais centradas em determinadas áreas do córtex cerebral, as zonas de silêncio, acerca das quais pouco se sabe»."
Fonte: Lusa\SOL

"A mentira exercita o cérebro"

É verdade, fazendo um "rx" ao cérebro, um grupo de investigadores norte-americano descobriu que há diferenças entre as pessoas que mentem e as que dizem a verdade; uma delas é que os mentirosos usam mais áreas do cérebro do que os que dizem a verdade.

Uma radiografia feita ao cérebro por um grupo de investigadores norte-americano revelou que há grandes diferenças quando as pessoas mentem, ou quando falam a verdade dos factos.O estudo recorreu à convencional ressonância magnética para verificar que as alterações visíveis no cérebro mostram se as pessoas estão a mentir, ou não. A conclusão a que chegaram estes investigadores poderá também contribuir para o desenvolvimento de uma nova tecnologia para detectar mentiras, afirmaram à Reuters. De acordo com Scott Faro, um dos médicos envolvidos neste projecto, "pode haver áreas únicas do cérebro que estão envolvidas neste raciocínio e que podem ser facilmente calculadas através da ressonância magnética". De acordo com o mesmo, "poderá igualmente haver áreas únicas do cérebro que estão envolvidas quando se diz a verdade".
O estudo foi feito em 10 voluntários, sendo que a seis deles foi pedido para dispararem uma arma de brincar e mentirem afirmando que não o tinham feito. Aos restantes três, que observavam a experiência, foi pedido que contassem a verdade acerca dos factos observados. O último dos 10 voluntários iniciais foi excluído da experiência. Ao darem o seu testemunho, os voluntários foram submetidos a um polígrafo e à ressonância magnética, que proporciona uma imagem em tempo real da actividade exercida pelo cérebro. A conclusão a que chegaram estes investigadores é que há claras diferenças entre os cérebros das pessoas que mentem e das que falam verdade. Mas a segunda conclusão que puderam retirar é ainda mais curiosa; no grupo das pessoas que mentiram foram encontradas sete áreas do cérebro em actividade, ao passo que nas pessoas que disseram a verdade, apenas quatro áreas cerebrais estiveram activas. Isto significa que, as pessoas que mentem exercem maior esforço mental do que as que dizem verdade.
Ao mentir, as pessoas exercitam a parte frontal, média inferior, pré-central, "hippocampus", "regiões média temporal", "limbic" e até zonas de actividade "emocional" do cérebro. Por seu turno, as pessoas que disseram a verdade, activaram outras partes do cérebro e em menor número.
Os investigadores estão conscientes de que a experiência contou com um número muito limitado de voluntários, aos quais não foi requisitado nenhum esforço muito grande, sendo que há sempre pessoas que conseguem "manipular" o polígrafo usando várias técnicas. Por outro lado, o uso da ressonância como método de detecção de mentiras é também insustentável, dados os gastos associados a este processo de diagnóstico. No entanto, a experiência serviu para demonstrar que cada vez mais "a mentira tem perna curta".

" Cientistas vão poder ler a mente "

O Centro de Imagiologia da Wellcome Trust divulgou hoje um estudo segundo o qual é possível ler memórias espaciais através de imagens do cérebro. Para os investigadores este é mais um passo para que no futuro seja possível ler a mente das pessoas.

Uma equipa de cientistas do Wellcome Trust do University College of London registou as imagens da actividade cerebral de várias pessoas, tendo conseguido assim detectar as suas memórias espaciais. O estudo foi feito com base nos processos mentais que os taxistas da capital britânica usam para interpretar os mapas da cidade e mostraram que é possível interpretar os sinais transmitidos pelos neurónios. A nova descoberta vem juntar-se ao conhecimento da importância do hipocampo na orientação dos indivíduos, assim como na memória e na imaginação de acontecimentos futuros. E fica agora comprovado que esta região cerebral grava também as memórias espaciais em padrões regulares. Esta descoberta poderá ser importante para o tratamento do Alzheimer e outras doenças, mas como demonstra que é possível dizer o que uma pessoa está a pensar olhando apenas para a actividade cerebral, talvez abra caminho para leitura da mente humana.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Palestra: "Neurociência"

Segunda-feira, 16 de Março de 2009
10:15 h

Polivalente da ESAF
Responsável: João Sousa, investigador em Neurociência.
Instituição: Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho
Breve descrição: O que estudam as neurociências? Que ferramentas se podem usar no laboratório para estudar o cérebro? Através de um seminário interactivo, será feito um percurso através da investigação em neurociências realizada pelo domínio de Neurociências do ICVS.
APARECE!