As crianças autistas possuem mais matéria cinzenta do que as outras crianças nas áreas do cérebro que serão responsáveis pelo processamento social e pela aprendizagem através da observação. As conclusões resultam de um estudo divulgado em Chicago, durante o encontro anual da Radiological Society of North America. As diferenças existem e foi possível observá-las com recurso a técnicas de imagiologia. "Os resultados apontam para a possibilidade da incapacidade de relacionamento das crianças autistas ser o resultado de um funcionamento anormal do sistema neurológico", refere Manzar Ashtari, autor principal do estudo que trabalha num hospital pediátrico norte-americano (Children´s Hospital of Philadelphia).
Tudo estará relacionado com os chamados neurónios espelho, que são activados quando um indivíduo está a praticar uma acção ou a experimentar uma sensação ou emoção ou ainda quando observamos estes comportamentos nos outros.Além das diferenças nas áreas de matéria cinzenta associadas aos neurónios espelho, os resultados do estudo revelaram que o aumento da camada no lóbulo parietal estava relacionado com os QI mais elevados nas crianças normais mas não nas crianças autistas. "Nos cérebros das crianças normais, a maior quantidade de matéria cinzenta está associada a QI mais elevado mas nos cérebros das crianças autistas esta correspondência não se verifica porque a matéria cinzenta não funciona adequadamente".
As crianças autistas também mostravam uma redução significativa de matéria cinzenta na região da amígdala direita que explicará a profunda inaptidão social.A equipa de investigadores acredita que este mapeamento do cérebro será capaz de contribuir de forma significativa para a compreensão dos problemas das crianças autistas, sobretudo da percepção da estrutura e funcionamento cerebral.
2 comentários:
Este texto é extremamente explicatico, têm um optimo blog.
Bom trabalho!
Muy interesante artículo
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